Contabilidade geral

15 novembro, 2007

Post inspirado nele - número 1

Este post é o primeiro de uma série que eu chamarei de "Inspirado nele". A idéia é contar um pouco das minhas historinhas românticas.

Não se entusiasme, nenhuma delas teve final feliz, ainda. Pelo menos metade dos personagens não fizeram por merecer essa distinção de terem um post inteiro inspirado neles. Mas, como todo o resto das coisas aqui publicadas, estou escrevendo pra mim e não pra eles. Isso tem a ver também com aquela idéia original das cartas de amor que eu já publiquei aqui. Então, aí vai o primeiro da série...

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O caso: Todo mundo deve ter tido aquela paixão inatingível na vida. Imagino que seja bem comum. Eu tive, por volta dos 14. Lindo, mais velho que eu, craque de futsal, olhos verdes, irmão de uma amiga.

Fiz altas jogadas, inclusive fiquei amiga duma amiga que tinha um interesse secreto pelo garoto. Ele namorava uma beldade do bairro, burrinha que só ela. É por essas e outras que eu vivo me perguntando se não seria mais fácil ser medianamente inteligente e muito linda, e não o contrário.

Não cheguei a me declarar. Comprei um cartão de aniversário lindinho, mas ele nem quis descer até a entrada do prédio pra receber. Até hoje, mais de 15 anos depois, tenho dificuldades pra me declarar pra quem quer que seja.

Não, eu não acho que seja por causa deste episódio. Acho que é tudo parte de um complexo. Minha última tentativa de declaração, que eu comentei por alto por aqui, demonstra claramente que minha habilidade nesse terreno continua a mesma de 15 anos atrás, ou seria melhor dizer, quase inexistente?

Já tem pelo menos 10 anos que não vejo o carinha, sei que ele se casou, tem uma filhinha, trabalha no ramo de siderurgia, não fez faculdade... algumas notícias aleatórias, pelo fato do orkut ter me reconectado com a irmã, que era minha amiga na altura.

O que sinto a respeito disso: muito pouco. Não posso nem dizer que sinto tristeza ou saudade, porque a coisa realmente não aconteceu. Quando eu ouço "Take my breath away" me dá um lampejo de lembrança, porque essa era a música que ele mais gostava na época. Durante muito tempo eu seria capaz de me lembrar de metade das respostas dele naqueles cadernos de perguntas que a gente fazia. Hoje, só me lembro dessa música e do filme "Top Gun". O tempo passa pra tudo, no fim das contas.

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