O fato de estar lendo "Quando Nietzshe chorou" agora é mais um indício disso. Acho difícil imaginar um outro momento da minha vida em que lê-lo seria mais útil e mais necessário. Depois vou tirar uns trechos interessantes pra postar aqui, com calma.
A vida tem uma arquitetura própria e um jeito certo de encaixar as coisas. E o fato de eu estar descobrindo coisas muito importantes pro meu crescimento agora, ao mesmo tempo em que estou prestes a mudar de novo, prestes a fazer 30 anos, prestes a ter que refazer meus planos e construir novos sonhos... quer dizer, deve haver uma razão além da minha compreensão pra isso tudo estar acontecendo ao mesmo tempo.
Não posso negar que apesar de toda a complexidade inerente ao momento, ainda estou encontrando tempo e espaço pra botar "alienígenas" no processo. Ninguém disse que seria fácil, embora eu continue no fundo querendo encontrar alguma facilidade por aqui, só pra variar.
Vou deixar aí um texto que eu reencontrei hoje. Na verdade, eu fui buscar. Talvez eu até já tenha postado, não sei. Não é exatamente sobre esse panorama louco que estou vivendo, mas é sempre muito útil. Lê com calma. E volta depois pra ler de novo. Vale a pena.
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“Tudo é um entre um milhão de caminhos (un camino entre cantidades de caminos). Portanto, você deve sempre manter em mente que um caminho não é mais do que um caminho; se achar que não deve segui-lo, não deve permanecer nele, sob nenhuma circunstância. Para ter uma clareza dessas, é preciso levar uma vida disciplinada. Só então você saberá que qualquer caminho não passa de um caminho, e não há afronta, para si nem para os outros, em largá-lo se é isso que seu coração lhe manda fazer. Mas sua decisão de continuar no caminho ou largá-lo deve ser isenta de medo e de ambição. Eu lhe aviso. Olhe bem para cada caminho, e com propósito. Experimente-o tantas vezes quanto achar necessário. Depois, pergunte-se, e só a si, uma coisa. Essa pergunta é uma que só os muito velhos fazem. (...) Agora eu a entendo. Dir-lhe-ei qual é: esse caminho tem coração?...
Se tiver, o caminho é bom; se não tiver, não presta. Ambos os caminhos não conduzem a parte alguma; mas um tem coração e o outro não. Um torna a viagem alegre; enquanto você o seguir, será um com ele. O outro o fará maldizer a sua vida. Um o torna forte; o outro o enfraquece.”
[A Erva do Diabo – Carlos Castaneda]
2 comentários:
Amiga, só para vc saber, estou por aqui.
com baixa freqüência, mas estou, viu?
E gostei do texto sobre caminhos... Me cai como uma luva...
Besos...
Li o trecho, gostei.
No meio do caminho, fiquei um pouco confusa, mas, depois tomei a linha de raciocínio. Achei muito parecido comigo e fiquei na vontade de ler o livro. Acho que é essa sensação que todos que lerem o trecho irão ter, né?
Feliz Páscoa Maroca (será que posso chamar assim? se não, desculpa) !
Beijinho :*
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