Contabilidade geral

14 fevereiro, 2008

Inspirado nele - Singelo

O caso: moreno, muito alto, magro, tímido... na verdade, muito alto. 36 centímetros era a diferença entre nós. O apelido dele é uma referência a esse tamanho todo. Pra essa história, fica sendo Marcelo. Acho que esse caso é de 2001, não tenho muita certeza.

Eu já o conhecia de vista, era amigo do irmão de uma amiga. Sempre achei interessante. Nos saudosos Festivais de Inverno de Itabira (saudosos pra mim que moro longe, pois eles ainda acontecem todos os anos, no mês de julho) havia uma programação aos domingos chamada de "Feira Moderna". Uma dia na praça, com música, apresentações, comidinhas, artesanato, brincadeiras, esse tipo de coisa.

Numa dessas feiras conheci o Marcelo. Ele se aproximou, se apresentou, pediu meu telefone. Me ligou no meio da semana e me chamou pra ir à um show da programação do Festival: Tunai e Cláudio Nucci.

O show foi super-legal. Eu cantava todas as músicas mesmo sem saber bem porque as conhecia, já que Sagrado Coração da Terra (a banda do Cláudio Nucci) foi popular quando eu tinha uns 4 anos de idade. Depois do show, fomos pra uma lanchonete com amigos dele. Acho que bebi muitas Kaiser Summer Draft neste dia (alegria me faz beber mais, é um problema).

Foi uma noite perfeita, teve beijinhos no final dentro de um Fusca (pois é, quase acrobacia, já que o cara era um bambu de tão alto). E a gente ficou de se falar durante a semana.

No nosso segundo encontro aconteceu o impensável: o Marcelo terminou comigo. Disse que estava muito arrasado por causa de um namoro que acabou, que eu lembrava demais a ex, que tinha sido a melhor coisa que aconteceu a ele e que não dava mais pra continuar. Fiquei ali dando força, me fazendo de amiga, tentando convencê-lo de que era precipitado, mas não havia o que fazer.

Me senti caindo das nuvens, fiquei de paixonite por uns dois meses. Ele ficou com um brinco meu, um dos favoritos, que eu deixei cair no carro. Durante algum tempo guardei o par, esperando que me devolvesse, como se esse ato em si, pudesse significar um fim diferente.

O que sinto a respeito: apesar de ter sido uma história tristinha, foi bonita no todo. O Marcelo reune uma série de características que eu admiro: é doce, gentil, bom de papo, romântico, inteligente. E apesar de ter sido um fora e de eu ter me sentido chateada na época, nunca senti mágoa de verdade.

Acho que deve estar bem, espero que sim.

Um comentário:

Melina F. disse...

Acho que nunca tive uma paixonite para eu não me sentir magoada no fim.
Mas, que bom que você ficou "bem" no final, acho que eu, encararia de outra forma.

Ai ai, essas paixonites.