Na linha das reflexões e promessas do ano novo (ainda dá tempo, viu?), tenho pensado muito na transitoriedade das situações da minha vida atual. Nada está certo no lugar certo. Isso não devia me incomodar, já que o definitivo é um conceito que só pode ser aplicado à morte e eu estou muito viva. A gente tem o hábito de achar que as coisas têm que se resolver agora, mas (que pena) as coisas não vão se resolver de vez, não até a que a gente morra.
O transitório é, portanto, o natural. Aquela história de que um homem não pode se banhar no mesmo rio duas vezes é a pura verdade. E daí? A sensação de que as coisas não estão no lugar continua sendo incômoda, mesmo a partir da consciência de que lugar, se refere-se a imobilidade, também é uma idéia que só pode se associar a morte.
Vamos então falar um pouco de vida, ou de como pessoas mais hábeis que eu lidam com essa sensação de que tudo vai passar no próximo capítulo sem perder o que está rolando agora. Sim, porque, nessa de que tudo é provisório, MM fica esperando as coisas se acertarem e não curte a onda. O apartamento não é o meu, portanto, vivo num hotel. Os amigos, pode ser que eu não esteja com eles no próximo semestre, então talvez eu não deva me dar tanto assim. As paixões, essas, pra bem e pra mal, são extremamente voláteis, então pra quê fazer planos, sonhar acordada, querer demais, se vai passar daqui a pouco.
Pra acabar com essa história, não vou me poupar de usar mais um clichê: quando mantemos muito o foco no destino, é inevitável perder a paisagem e as companhias da viagem. Pura verdade!
Um bastardo chamado Rock
Há 3 dias
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