Contabilidade geral

20 março, 2008

Reflexões sobre o mito de Midas

Sabe aquela história da mitologia grega do Rei Midas, aquele que recebeu a dádiva de transformar tudo o que tocasse em ouro puro? É uma história fascinante. Transformar tudo em ouro parece uma coisa fantástica, até que você pensa que deve ser um saco não poder pegar numa maçã pra levar à boca, dar um beijo em alguém ou arrumar suas roupas na gaveta.

E tinha um ex meu que dizia que era dotado com o toque de Midas ao contrário: tudo o que ele toca (lá de dentro do seu ponto de vista complexo, sem auto-estima e cheio de auto-piedade) se transforma em merda.

Eu discordo. Quer dizer, sobre o que ele pensa dele mesmo eu pouco me importo. Minha discordância é em relação à ideia de que o contrário de transformar tudo em ouro seja transformar tudo em merda. A questão não é a substância em si. Vê a frase com cuidado: receber a dádiva de transformar TUDO em ouro. O problema é ter que ser tudo ou nada. O problema é não poder escolher como, onde e quando utilizar esta dádiva.



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E por que eu estou nesse momento escrevendo sobre Midas, ouro, tudo e nada é um mistério. E vai continuar sendo. Nem eu mesmo sei porque esse assunto é relevante agora. Foi só uma idéa que passou pela minha cabeça.

Ok, talvez seja apenas uma boa desculpa pra não falar de coisas mais importantes como a evolução daquele plano (tá evoluindo, sim!) ou sobre essa coisa de descobrir que afinal a fonte dos meus problemas é bem mais simples do que eu tinha pensado.

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