Contabilidade geral

30 janeiro, 2008

A odisséia do tênis

Quem já lê este blog há mais tempo sabe que: 1) eu detesto exercícios físicos e 2) o único exercício que eu já fiz na vida e gostei foi tênis. Na verdade, fiz aulas durante uns 3 meses do ano passado e parei porque me mudei de Maputo.

Isto posto, agora que estou mais em Maputo que em Tete, resolvi voltar às aulas.

Eu já estava precisando comprar um tênis novo há um tempo. O meu Reebok antigo, além de encardido, não é ideal para praticar tênis. Ontem, a senhora que lavou minhas roupas acabou de destruir o velhinho na máquina de lavar. [Como assim? Lavou o tênis na máquina? Eu sei, nem me pergunta.]

Então ontem eu saí correndo do trabalho e fui pro Maputo Shopping comprar novas 'sapatilhas de tênis', que é como chamam aqui. Cheguei na loja e me disseram que não havia sapatilha de tênis tamanho infantil [Como assim de novo? 35 é pra criança? Ao que parece, sim.]

Bem, toca então pra loja do Shoprite (um centro comercial daqui de Maputo) pra ver se achava o tênis. Urgente mesmo, tinha aula hoje às 7 da manhã. Só que eu me perdi no meio do caminho. Quando achei o Shoprite, meio que por acaso, já eram 19h15 e a loja já tinha fechado.

Fiz carinha de choro e o dono da loja acabou me vendendo o tênis. Por um super-preço-bom, tipo assim, sapatilha de criança, em saldo, entende?

Saí de lá trifeliz e fui comprar coisas no supermercado ao lado. 20 horas, eu toda pimpona cheia de sacolas indo pra casa e descubro o quê? Que as chaves do carro e do apartamento tinha ficado na loja da Nike. Fechada. Vazia. Apagada. Alarme ligado. O horror!

Calma, calma. Tem que ter um jeito. Fui lá pedir ajuda ao segurança: "O senhor tem a chave?" "Não" "Tem o telefone do dono da loja?" "Não" "Tem o telefone de alguém que trabalha aqui?" "Não" "Pode ligar pra alguém da sua empresa e pedir ajuda"... O cara disse que ia chamar o chefe dele pelo rádio.

Naqueles 15 minutos que ele levou pra buscar o rádio, fiquei matutando. "Ei, alguém deve conhecer esse moço, o dono da loja. Maputo é uma cidade tão assim, 'interior', sabe? Alguma das minhas amigas sabe quem pode me ajudar..." E liguei pra uma das minhas colegas do trabalho que é super-bem-relacionada. 15 minutos depois o cara estava lá. Mico geral: além de ter vendido fora do horário ainda teve que voltar para o resgate da chave.

O pessoal da empresa de segurança não fez absolutamente nada pra me ajudar e o guarda ainda ficou me interrogando: "qual é o nome da senhora?" "onde está a viatura (carro)?" "qual é a matrícula (placa)?" "qual é a marca?" E eu perdendo a paciência: "que diferença faz?" "o carro tá no parque (estacionamento), não tá dentro da loja". Mas tendo em vista o tamanho do stress... até que fiquei bem light.

Só posso dizer que valeu a pena o stress todo. A aula foi massa. Sharapova, me aguarde!

Olha aí. É exatamente esse modelo, mas sem esse prata exuberante e com detalhes em rosa.

Um comentário:

Garota Enxaqueca disse...

ai ai ai ... e eu achando que era a pessoa mais enrolada do mundo... rsrs...