Contabilidade geral

16 outubro, 2007

Pecinhas de cristal

Eu tenho uma amiga que lê muitos livros de auto-ajuda. E os chama de livros de psicologia. Nunca me preocupei em explicar pra ela a diferença: se está sendo útil, ela que aproveite e aprenda com eles. Eu também já tive minha fase e foram muito úteis.

Por causa dessa amiga, estou agora às voltas com um livro chamado Feeling Good – the new mood therapy. O que diferencia de um livro de auto-ajuda qualquer é basicamente o fato de ter sido escrito por um psicólogo e pesquisador. Entenda, eu disse "o que o diferencia de um livro de auto-ajuda qualquer" querendo dizer que não é um livro de auto-ajuda qualquer, mas ainda assim é um livro de auto-ajuda. Ainda tô no começo, então não tenho muito como comentar.

E agora, tenho lido coisas sobre “O segredo”. Nada de especial. Nada que eu já não soubesse sobre auto-ajuda, em geral, mas tenho que confessar que estou ficando curiosa. Acho que vou dar uma olhada, assim, sem compromisso.

Se auto-estima fosse vendida em cápsulas, se depressão não fosse uma doença séria, como é, talvez eu pudesse achar que auto-ajuda resolve mesmo os problemas. Isso não significa que não pode ser útil para algumas pessoas, em certas circunstâncias.

O fato, na minha opinião, é que Deus fez os humanos muito frágeis. Pecinhas de cristal. E não dá pra passar por essa vida sem ter em que se apoiar. Tem gente que escolhe religião, tem gente que bebe alcóol, usa drogas, fica obcecado por dinheiro, por poder... Tudo pra dar sentido à vida e ao mesmo tempo se manter de pé. Só que tudo tem seus efeitos colaterais. E auto-ajuda pode ser um suporte, nessa busca eterna pela direção e pelo sentido, por que no fundo, a gente é só isso: pecinhas de cristal.

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