Hoje uma amiga foi embora de Moçambique. Uma das minhas conquistas em termos de amizade, no último ano.
Uma virada radical: mudar de país, de emprego, de estado civil. Tudo ao mesmo tempo. Em nome de uma oportunidade de carreira muito boa. Fora a torcida para que tudo fique bem, não consigo não pensar no futuro (ou no fim) desta amizade.
As pessoas passam. Tudo na vida passa. Isso de que a gente vai se ver em Viena em abril, ou que vamos trocar e-mails todos os meses, ou semanas. Ou que eu vou convidá-la para o meu casamento (que ainda não existe nem em perspectiva remota) e que ela vai aparecer... sei lá.
Pode ser que o tchau de hoje seja mesmo um tchau definitivo. Quem sabe? Mas tanta gente importante vai sem ao menos ter a chance de se despedir, dizer palavras doces, trocar presentes, deixar um CD com todas as fotos (como ela fez). Então, sob esse ângulo, ainda bem que foi assim.
E fora meu discurso habitual do desapego, de que temos que tentar não sofrer tanto assim, se fosse fácil, eu mesmo faria. I mean, dizer tchau é sofrer. Quer a gente concorde ou não, goste ou não, a falta anunciada é tão ruim quanto qualquer outra.
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Alice, conviver com você durante este período foi muito importante pra mim. Seu carinho e seu jeitinho marcaram.
Washington D.C. não te merece mais que Maputo. Seus novos amigos dificilmente serão malucos, animados, doces, polêmicos, espertos e quentes como nós. Por isso, minha amiga, não se perca de mim e eu vou me manter no radar.
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