Tenho que começar esse post com uma declaração importante: respeito muito todos os lugares do mundo por onde já passei ou onde já vivi. Passei um tempo da minha vida convivendo com gente que menospreza e reclama da minha cidade, o que costumava me magoar. Portanto, sou a última pessoa do mundo a criticar as cidades do coração de outras pessoas.
Vivi 23 dos meus 29 anos em Itabira, minha cidade natal. É que nem irmão: amo de paixão, morro de saudade, reclamo sempre que posso e não admito que ninguém fale mal. Porém, não é de Itabira que eu quero escrever. Pelo menos não ainda.
Dito isto, vou mesmo entrar no assunto do post. Por agora, pretendo falar da anterior, da atual e da próxima.
Pois bem, saí de Itabira em 2004 por causa do trabalho, pra uma cidade há 60 Km, com uns 24 mil habitantes, que se chama Barão de Cocais. Afora as belezas naturais da região (as cachoeiras, a Serra do Caraça, as cidades históricas do entorno), Barão é uma cidade bem feia. Tem uma siderúrgica bem na entrada, ou seja, as primeiras coisas que você vê depois de entrar no trevo são o muro da Gerdau, suas chaminés, a fumaça e foguinho que sai delas, em sequência. E Barão tem um aspecto assim, meio encardido, empoeirado.
Eu vivi lá por quase dois anos. E saía durante a semana com meus amigos pra Pracinha Nossa Senhora Aparecida, ou pro Chopão, ou pro Em Cantos... E ia raramente no Coiote, e passeei umas poucas vezes em Cocais, Santa Bárbara e Catas Altas. E fazia festinhas super badaladas na minha casa. Aprontei um tanto também (não que isso venha ao caso). E, embora eu estivesse de vez em quando dizendo “a bela Barão de Cocais” com um tom de ironia cruel, eu realmente gostei de viver em Barão e trouxe umas fotos, umas lembranças e uns amigos muito especiais de lá.
Procurei nos meus alfarrábios, mas não achei nenhuma fotinha legal para o post, então, olha essas aqui que eu tirei do site da cidade, que aliás, está em manutenção.
Termino aqui a parte 1. De Barão para Maputo! Aguarde!
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