Esse tipo de evento sempre comove, sempre faz a gente pensar na finitude da vida, no sofrimento das pessoas. E faz a gente se sentir um pouco egoísta também. Quer dizer, eu não pude evitar de pensar: "ainda bem que eu não estava por perto".
Faz a gente pensar também numa frase que minha mãe diz sempre: "todo esse sofrimento poderia ser evitado..." E poderia. Foi um acidente que se anunciou há alguns meses. E as providências não foram tomadas. E gente morreu, gente ainda vai morrer, muitos vão ficar mutilados... Não foi uma fatalidade. Não foi nada inevitável.
"Foi o segundo incidente neste ano envolvendo o paiol de Maputo. Ninguém morreu nas explosões ocorridas em janeiro, que o governo também atribuiu às temperaturas elevadas." (Folha On Line)
E tem também uma coisa que eu considero, no mínimo, pitoresca: a televisão daqui mostrou as cenas dos feridos e mutilados, claramente. Não houve edição. Gente amputada, sem braço, sem perna, feridos, crianças, corpo sem cabeça... um horror. Eu, graças a Deus, não vi, e mesmo assim acho um absurdo. Especialmente com os envolvidos, os parentes... Eu achava que o respeito a morte era uma característica marcante desta cultura, mas começo a ter dúvidas.
Um comentário:
Maroca,
Seu blog é dez! Não sei se algum homem teria coragem de "aparecer" aqui pois um passeio pelo universo emocional feminino pode ser demais pra quem não tem o hábito...
Mas não pude não lembrar de Clarice que, tão intensa e ferina, passou a vida flertando com o tema. "As três horas da tarde sou a mulher mais exigente do mundo. ico às vezes reduzida ao essencial, quer dizer,só meu coração bate.".
"Keep Walking"!
Bisous
Patty
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