Fragmentos de uma quase história

Ele é uma graça. Chega a ser antiquado, de tão gentil. E é uma criança, embora seja mais velho que eu.

Me sinto comovida com a sua imaturidade e sua doçura. E fico achando que talvez, talvez...

E como eu já vi este filme antes, com outros atores, seguro a onda. Ele me confunde, mas é tão verdinho que é difícil saber se há alguma intenção. Acho até que não. E depois de tanto tempo com histórias 'mais ou menos', minha paciência com os joguinhos de paquera é muito pouca. Mas como sempre, pode não ser nada.

Não posso negar esta vontadinha de ficar perto e o fato de me chatear vendo-o flirting around. E me chateia um pouco quando eu passo a manhã pensando no almoço e ele vai pra outro lugar, com outro grupo. Isso sim, significa algo, embora eu queira me convencer que não é bem assim.

Pela primeira vez depois de muito tempo, se tiver que rolar algo, não sinto como se estivesse sendo premiada. Sinto que na verdade eu sou bem bacana pra ele. Fica até um pouco difícil evitar uma certa desvalorização. O medinho da sabotagem usual, também.

Parece confuso? É porque é mesmo. Eu, do alto da minha segurança e da minha maturidade, não sei bem se há algo a fazer, ou se eu deveria mesmo me preocupar com isso. Continua a mesma MM de 17 anos, então, foda-se o fato dele ser meio infantil. Também sou, e num aspecto pior, talvez.