Imaginem uma pessoa jovem, bonita, inteligente, que fala muitas línguas, que curte arte, cinema, que já viajou o mundo inteiro, que, ao que parece é hetero, solteiro, tem um emprego fantástico, vive a vida de uma forma totalmente frenética... cansei só de fazer essa breve descrição.
Tudo bem que só vemos a parte pública da pessoa, e isso, se pensarmos em termos de mídia, pode ser construído e moldado para nos convencer de quase qualquer coisa.
Eu sou uma tiete assumida. Sou fã do Zeca Camargo, desde que ele escrevia uma coluna na Capricho, Fora do ar. Cheguei a escrever uma carta pra ele, no auge nos meus 17 anos, cheia de confissões e de declarações "profundas".
A fase No Limite eu me abstive de acompanhar, porque tinha (e tenho) um certo preconceito contra reallity shows. Agora sou leitora assídua dos textos dele no G1. Gosto muito de ler, mas, em muitos casos, não tenho uma opinião nem fanaticamente positiva, nem criticamente negativa. Gosto de ler, acho que abre a cabeça e me diz coisas que eu não saberia de outra forma.
É baseada nestes textos que eu fico me perguntando como uma pessoa pode ser e fazer tantas coisas na vida. Ou ainda, será que existe alguém tão absurdamente dinâmico, tão fantásticamente antenado, tão invejavelmente imune ao tédio? Que tanto do Zeca Camargo que podemos conhecer pela mídia existe de verdade? Não sei e não me diz respeito diretamente.
Estas questões não são suficientes pra eu deixar de ser uma fã. O que me dá é uma vontade secreta de conhecê-lo, da saber quem ele é, da saber se ele é chato, egoísta, exigente, cansativo, pedante ou qualquer outra coisa que o faça mais humano. Piração? Talvez.
Um bastardo chamado Rock
Há 3 dias
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